24 janeiro 2013





É preciso não esquecer nada: 
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
 
nem o sorriso para os infelizes
 
nem a oração de cada instante.
 


É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
 
nem o céu de sempre.
 


O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
 
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
 


O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
 
a idéia de recompensa e de glória.
 


O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
 
vigiados pelos próprios olhos
 
severos conosco, pois o resto não nos pertence

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