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Quando você vai aceitar o que eu sinto?
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Isso não é jogo. Não há derrotas aqui; muito menos vitórias. E certamente não
preciso de nenhum tipo de aceitação.
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Esse é um equívoco tão grande que eu sequer posso acreditar que saiu da sua boca.
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Você pode lutar o quanto quiser, mas as coisas não mudam somente porque você
deseja que elas sejam diferentes.
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Eu estou aqui - ele abriu os braços -, oferecendo a mudança que seus olhos
pedem aos gritos embora sua boca permaneça quieta. Tudo que você precisa fazer
é aceitar.
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Sabe, às vezes eu desejo que tivesse conhecido você antes... - ela fez uma
pausa, como se quisesse dizer mais alguma coisa, mas pronunciar a palavra estupro ainda
lhe era impossível. Assim, repetiu: - Antes.
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Então você está assumindo?
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Assumindo?
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Que desistiu. De viver.
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Suicídio não é realmente pra mim - ela deu um sorriso triste. - Você sabe.
Ele
sabia. Fora ele que acordara sozinho no meio da noite e imediatamente se
preocupara quando não ouvira um som. O silêncio sepulcral lhe assustara muito
mais do que um grito seria capaz, e ele começou a inspecionar a casa.
Encontrara a namorada no banheiro, encarando um monte de ofensivas pílulas e
chorando tanto com o rosto escondido em uma toalha que seus olhos estavam vermelhos
e irritados.
-
Não é preciso morrer pra deixar de viver. Você só está sobrevivendo. Levando um
dia após o outro, sem se preocupar com o amanhã.
-
Mas não é isso que os sábios nos dizem pra fazer? Viver o hoje? Carpe
diem?
-
Mas com alegria. Com uma vontade real que, me desculpe, está faltando em você.
-
E você me culpa? Realmente me culpa por eu não querer fazer planos só para
vê-los destroçados antes que eu esteja preparada?
-
Veja você, aí está o seu maior erro: esperar pelo desastre, até se preparar pra
ele. Quem é você pra prever o futuro? Pra supor que tudo vai dar errado?
-
E quem é você pra não? - ela gritou. - A vida é feita de possibilidades, sabia
disso? Nada é garantido!
-
Você está ao menos se escutando? Nada é garantido, mesmo! É exatamente isso que
eu estou tentando fazer você enxergar!
-
Por quê? Por que tanta insistência?
Quando
encarou seus olhos lacrimejados, ele se sentiu decair. A dor daquela mulher era
tão profunda que o estava impedindo de se aproximar.
-
Porque eu te amo. Mas você não vai aceitar isso.
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Não preciso aceitar pra saber que é verdade - ela murmurou.
-
É - ele sorriu. - Pelo menos você também não me considera um mentiroso.
-
Também?
-
Além de indigno de você.
-
Não! - ela protestou. - A única indigna aqui sou eu. Sou indigna do seu amor,
do seu cuidado, do seu carinho. Sou uma mulher despedaçada...
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Eu quero te ajudar a recolher os pedaços. Só me diz que sim.
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Não posso. Você chegou tarde demais.
Oi! :D
ResponderExcluirEntão, finalmente acrescentei meu e-mail e meu twitter pra contato lá no Confesiones, logo abaixo do meu perfil! :)
Quanto ao texto, tá tudo ótimo! A imagem SUPER condiz com o que eu escrevi. Adorei!
Beijos!
Olá, Bruna!
ExcluirQue bom que ficou satisfeita!
Milhões de beijos!